sábado, 5 de dezembro de 2009

AGORA PARE!

Pegue no bumbum.
Só pra falar sobre como é divertido chegar em qualquer lugar cantando qualquer coisa do É o tchan. Traz alegria pro seu dia, todo mundo fica com cara de comercial de margarina. Então pegue no compasso você também, porque essa é a mistura do Brasil com o Egito e tem que ter charme pra dançar bonito.

Pérolas da geografia bizonha

Ao que parece, só eu acho o nome M’boi Mirim hilário. Já me xingaram no twitter, já me chamaram de ignorante, já jogaram pedra na Geni, já jogaram bosta na Geni. O que eu posso fazer se me dá vontade de rir quando eu ouço? Pq o Marcelo Adnet pode zoar e eu não posso? Nada contra lendas indígenas, acho ótimo (fora Iracema, ô livro ruim do cacete), mas o chupa cabra também é lenda e ninguém nunca se sentiu na obrigação de levar a sério.
O que eu posso fazer se São Paulo não me inspira seriedade com nomes como Vila Carrão, Pirituba, IMirim, Largo da Batata, Rua Jaca Natal, Rua Melancia Natal, Rua Kiwi Natal e Insira aqui um nome de fruta Natal?
Lá vem de novo o bom e velho problema do paulistano, que leva tudo, inclusive ele mesmo, à sério.
Pronto, podem me odiar agora.

Compostos fotossensíveis e o s2

Ah, o amor. Essa flor roxa que mexe com a minha cabeça e me deixa assiiiiim. Eu fico impressionada com o número de vezes em que é possível morrer de amor em uma única noite. Semana passada, um sujeito que nunca tinha ouvido o som da minha voz, não sabe que eu gosto de quiabo e mais do meu mp3 do que de 60% das pessoas que eu conheço, me disse que tava encantado comigo. Bitch, please. Eu tenho problemas estomacais, DDA, um rim só, uma família esquizofrênica, amigos drogados e um time que não ganha nada faz tempo. Não existe nada encantador em mim, além do meu nariz multi-étnico e das minhas mãos imensas. A sorte do sujeito é que ele era bonito, e gente bonita, a gente não escuta, admira. O problema da surdez induzida por bofisse é que ela acaba quando o sol nasce e aí só sobra aquela conversa sobre como era na faculdade e como vem sendo desde que ela acabou. Nada contra gente bonita, acho ótimo. Até pq, pior que um cara bonito default, é um cara quase-bonito mas com um nogóço que vc não sabe qualé. O problema dos caras quase-bonitos mas com o tal negóço que vc não sabe qualé, é que eles se dão ao direito de fazer cu doce pq eles sabem que são 38% mais sexy que os caras apenas bonitos. Na boa? Cu doce é revoltante. Outra coisa que não me desce no fast love é o fato de que é sempre a mesma conversinha, sempre o mesmo “eu te ligo” e sempre a mesma intimidade fake com prazo de validade. Vai pegar, beleza, pegaí. Só não finge que vai amar pra sempre. Alguns compostos químicos reagem do mesmo jeito à luz do sol: se decompõem e perdem suas características. Então pagalus aí, tio, que hoje é sábado e o amor está no ar.

Ê Goiânia

Não deu pra segurar a barra, então eu voltei.
Pelo menos por 2 dias, no finzinho do mês passado. Por isso inclusive que eu sumi por uns tempos, perdida entre os preparativos e a angústia pós-volta.
O pior (ou o melhor) da minha última visita à Goiânia (a única que eu fiz desde que me mudei pra são paulo), é que nada mudou além da cor dos orelhões, que deram adeus ao sem graça verde-brasil telecom (ou telemerda, pros íntimos) e agora são um grande espetáculo verde-shocante-shegay patrocinado pela Oi. O que é bom em tudo permanecer intocado? Não precisar reavaliar meus sentimentos com relação a nada. É como trombar um ex na rua e reparar que ele continua barango e irritante: não dá vontade de reatar.
Ok que dá vontade de ficar pra sempre sendo mimada com comida pela minha avó, ou ouvir das pessoas como eu era importante e agora faço falta, receber caminhões de colos e abraços... O ego fica uma beleza, mas fode a paciência chegar no fim do dia e não ter necas de catibiribas pra fazer. De que me servem meu novo cabelo super moderno e minhas roupas de inverno, se eu vou ficar enfiada com eles dentro dum apartamento quente?
Ah, o calor. Falando nele, ele tava lá, parado, sendo quente como sempre. O calor é quase um personagem de Césio City, tão parte da cidade quanto a radiação e o prefeito de 238 anos que tem um fascínio estranho por piche. Eu não vou mentir dizendo que eu não congelei do meu narigão à sola dos meus pés nesse último inverno, mas também não posso ignorar o fato de que eu sou muito mais feliz quando não tou derretendo.
O s2 fica balançado depois de tanto tempo sem ver 90% das pessoas que eu amo nessa vida, sacomé, a saudade é um prego, coração é um martelo, fere o peito, dói na alma e tals, mas não dá pra não pensar em como o conceito de “todo um futuro pela frente”, aplicado ao fato de eu ter 23 anos, muda quando o número de possibilidades é maior que 1.
Ainda não sei se eu volto de vez pra Césio, mas vale lembrar que vontade de fazer isso, eu não tenho nenhuma.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

notas gastronômicas

- Saudade da poha do meu frango empanado (que eu tou proibida de fazer, assim como qualquer outra fritura. maldita falta de divisão entre a cozinha e a área de serviço).
- Comprei mangas no mercado. Me mata de desgosto ter que comprar mangas no mercado. Primeiro pq eu sempre chupei manga fresquinha, que acabou de sair do pé (ou que ainda tá lá, visto que as mangas ficam 20% mais gostosas se comidas encima da planta de origem) e segundo pq manga Tommy é um troço ruim pra caralho. Para mangas que não deram certo, use nomes de rangers malvados.
- Ainda não encontrei uma coxinha que prestasse, nem consegui uma explicação plausível pro preço absurdo e pra fama nacional das pizzas.
- Nunca vou entender a existência do arroz parbolizado.
- Tem feira de comida nessa cidade não? Isso explica porque as pessoas aqui desperdiçam seus fins de semana no shopping. Isso é coisa de quem cresceu sem o hábito de ir pra feira sábado comer pastel, empada, torta, espetinho de gato, tapioca e todas as outras maravilhas do fast food popular.

feels like home

tô adorando essa vibe de sol inclemente em são paulo.
sente esses 34 graus na testa, moçada.
só comprova minha teoria da meteorologia esquizofrênica.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

na madrugada, a vitrola rolando um blues

trocando de biquíni sem parar.
fim de semana livre e é aquela velha história de quem nunca comeu melado, quando come se lambuza (uma velha metáfora que explica o comportamento das meninas evangélicas do meu colégio, lá pra meados do início do segundo grau). eu, que passei boa parte dos sábados da minha vida aumentando minhas habilidades no freecell, aprendendo frases inúteis em línguas que ninguém fala e vendo maratona padrinhos mágicos e que agora trabalho sábado/domingo/feriado/dia santo/natal/ano novo, mergulhei num fim de semana frenééééétchico de balada nervosa non stop que fodeu meu relógio biológico.
e como quem acha que não se aprende nada na balada é dono de cursinho, aqui ficam as lições do fim de semana:
1) vergonha não tem limites. não existe fundo do poço quando se tem uma pá chamada vodka.
2) você só sabe o quanto vale um fim de semana, quando nunca mais vê a cor de um. me agride pensar que tem gente que passa o sabado e o domingo inteirinhos dormindo.
3) eu sinto saudade do globo rural. você não? domingo cedo tb passava Doug e Castelo Ra-Tim-Bum. dá vontade de ficar virada só pra aproveitar a programação matinal.
4) em uma cidade incrivelmente imensa e cheia de possibilidades, muita prefere ir fazer as mesmas coisas nos mesmos lugares. não que vc me veja variando muito.
5) passar vergonha não é totalmente inútil. a letra escarlate serve também para fazer com que os seguranças das baladas virem seus brothers e te deixem entrar sem pegar fila.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

rain down on me

Hoje, depois do round 1 do dilúvio (se eu chegar em goiânia falando que existem lugares no mundo onde chove em setembro, vai ficar todo mundo maravilhado), eu fiquei pensando (de novo, dessa vez baseada numa nova perspectiva) sobre o fato de são paulo, definitivamente, não ser uma cidade feita pra pedestres. Não adianta querer fazer as pessoas deixarem seus carros em casa e irem andando pros seus destinos por uma razão muito simples: não tem lugar pra se andar sem carro nessa cidade.
Eu já devo ter mencionado os semáforos que levam 2 eras glaciais pra abrir pro pedestre, ou os tios espertões do amarelo ainda dá, que sempre acabam parando no meio da faixa pq no amarelo nunca dá ou as ruas inatravessáveis em alguns pontos da cidade (sem faixa, sem semáforo, sem motoristas que dão seta, sem um fluxo de carros que pare por mais de 3 segundos...), mas tem um outro e significativo entrave na vida do pedestre paulistado: CADÊ AS CALÇADA SÁPORRA?
A rua da minha casa já tem uma calçada revoltantemente estreita. Em dias normais, alguns pontos da calçada são tomados por piscininhas, culpa dum mini-rio que SEMPRE corre aqui, que brota dum cano que sai de um prédio e only god knows daonde vem aquela água. Bom, tinha água vindo do céu non stop desde seiláquehora e a calçada da minha rua, que já não é grandes merda, virou uma amostra grátis do tietê (até lata boiando tinha). Tudo bem a calçada ser estreita e estar alagada, com isso eu consigo lidar. O que desgrama a minha vida é competir por espaço na calçada com engenheiro folgado. Quer construir um prédio? Vai lá, campeão. Nada contra, acho ótimo. Mas será que dava pra manter os caminhões, os pedreiros e os materiais da obra DENTRO DO FUCKING CANTEIRO DE OBRAS?
Sabe, eu não me sinto muito confortável tendo que andar de lado pra conseguir passar ENTRE dois caminhões com betoneiras gigantes FUNCIONANDO. Sempre dá a impressão de que aquele troço rodando vai se soltar e passar rolando encima da minha cabeça.
Mas eu ainda não quero um carro.
Aliás, nem dirigir eu sei.
E se eu continuar aqui, vou morrer sem saber.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

insira aqui uma lamúria

esse era originalmente um post comigo dizendo ok, talvez seja hora de voltar pra casa.
MEU CU.
editei mesmo.
foi só um lapso de viadagem.
voltemos à programação normal.

fatos, decepções e bancos de praça

Resolvi bancar a turista.
Depois de meses ignorando os roteiros default para forasteiros em São Paulo, resolvi que tudo bem ir ver a sé, a luz, o masp, sásporra toda.
No fim do roteiro, cheguei a meia dúzia de factos:

1 - Mercado Municipal : overated.
Minha maior decepção so far. Dá a impressão de ser um amontoado de lanchonetes e bancas de lingüiça (com trema, pq eu sou anarquista) dentro de uma feira com frutas muito caras. A experiência vale pelo prédio em si, que é um interessante-quase-bonito (meu tipo preferido de cara, inclusive. inscrições aqui), apesar de ser amarelo. E é só. Sem contar que não é no centro de São Paulo que vc vai poder ficar parado na calçada admirando a arquitetura local. Nem pequi de verdade o lugar tem. Vocês paulistanos me agridem tentando me vender PEQUI EM CONSERVA. Gente, sério. Pequi em conserva, NÃO.
Falando em coisas que me agridem, o que o mercado tem de legal por fora, tem de feio/praticamente opressor em volta. Me odeie pra sempre, mas eu estaria mentindo se descrevesse o que senti no caminho da estação são bento até o mercado (passando pela esquina da 25, côdilôco) sem usar a palavra ojeriza.
O que me leva ao segundo fato:

2 - Não há glamour nenhum no centro de São Paulo.
Alguma coisa acontece no meu coração. Acho que tô infartando.
Não importa quantos milhões de litros de suvinil se passe nas fachadas do centro: ele vai continuar sujo, abarrotado e cheirando mal. Feio não. Feio não é. Pelo menos não se você só olhar pra cima. Ok, tem uma certa feiúra... mas se certas feiúras não me agradassem, eu já teria feito plástica no nariz faz tempo.

3 - Mendigos paulistanos me dão sensação de deja vu
Ou pelo menos esse, que eu sempre vejo em santo fucking amaro, que tá sempre lendo apostilas velhas de informática. Juro pela zaga do Itumbiara que eu já vi esse sujeito em uns três pontos diferentes da cidade, todos eles bem longes de santo fucking amaro. Sempre sentado na calçada, sempre rodeado por pertences bem diferentes que os da aparição anterior (numa delas um cachorro horrendo, provavelmente o único cachorro horrendo do mundo) e sempre com a barba encardida. Na Rua da Cantareira (incrívelmente deserta pros padrões centrísticos) ele tava com um olhar especialmente perdido. Deu vontade de sentar e perguntar o que afligia, de onde veio e pra onde vai o grade oráculo do windows 95. É claro que eu, filha de militar criada em bairro residencial, não sentei pra falar com ele. E eu assumo que foi por medo do que ele tinha pra me dizer.

4 - Paulistano não gosta de gente
Não, eu não vou dizer pela enésima vez que as pessoas aqui precisam de modos e coisa e tal, até porque, eu ainda vou acabar apanhando por causa disso. O tema de hoje é a incrível aversão que o homo paulistanus tem ao homo sapiens. Experimente sentar do lado de uma pessoa num banco de praça (ok, aqui quase não tem praça. tente um parque com bancos, como o da Luz, por exemplo): Você verá toda a ordem mundial ser perturbada, como se sentar ali pra arejar as idéias fosse um direito pessoal e intransferível de quem chegou primeiro. Vale a pena sentar do lado das pessoas nos pontos de ônibus, só pra fotografar a sensacional cara de MAS QUE ABSURDO que elas costumam fazer. Até faz algum sentido, visto que aqui tem gente que enfia o carro no engarrafamento só pra poder ficar sozinho lá dentro (e ter uma desculpa pra reclamar de stress depois. ráááá, não me aguentei.)

5 - O acervo do Masp é realmente bom
O mesmo raramente pode ser dito sobre as exposições que costumam rolar por lá. Semana passada fui ver a de um chinês que tem uma fixação estranha por um tom bem específico de tinta vermelha e saí de lá me sentindo enganada pelo mundinho cult. Ninguém nunca vai me convencer de três coisas nessa vida: 1)química orgânica é fácil, 2)coca cola zero é igual à normal, 3)borrões vermelhos são arte.

6 - A quantidade de adolescentes nessa cidade é assustadora
Estourou um cano de teenagers nesse lugar. E eles são descolados demais pra mim. É muita coolzice pra uma menina da roça agüentar. Ok, eu não sou mais uma menina. Antes dos 25 eu me acostumo com a idéia. A tempo de parar de usar esmalte azul.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

polícia para quem precisa de polícia

esses dias, liguei no 190 só pra desabafar.
sabe, quando a gente sai pagando de consumidor bem informado, só pra infernizar a vida de algum farmacêutico? assim, só a nível de descarregar a vibe ruim da semana?
(gente, na moral... se vc quer ir na farmácia comprar remédio, SERÁ QUE DAVA PRA FAZER ISSO SEM SER CUZÃO? SERÁ QUE DAVA PRA NÃO SER A VERUCA SALT DAS PÍLULAS? sério. dá vontade de botar fogo no meu diploma pelo menos 8 vezes por dia. eu juro que não entendo pq cliente de farmácia precisa ser tão mimado. acreditem ou não, a culpa raramente é do farmacêutico. e quando é, acredite, a gente não faz por querer.)
pois é. eu liguei no 190 só pra aliviar o stress.
eu explico:
me assaltaram. se eu não me engano, me assaltaram no dia em que eu fiz o post passado, umas duas semanas atrás.
uma sujeita com mais ou menos 1,75, um futum insuportável e o jantar me abordou e me levou o celular a uns 100, 150 metros de casa.
a criatura chegou com uma marmita, uma faca de serra e um GARFO nas mãos e disse que queria meu telefone. juro pela minha santa mãezinha (com quem não falo faz um bom tempo, inclusive) que eu quase falei meu número pra ela.
eu, que morei num dos guetos mais vida loca de césio city, pensei sériamente em várias possibilidades:
1 - empurrar a cidadã na frente de um dos carros que vinham (pq, afinal, em são paulo a gente é roubado em avenidas movimentadas da zona sul, não em becos no centro ou capão redondo).
2 - gritar com todo mundo que tava no ponto de ônibus me assistindo ser assaltada tão preocupados quanto o senador da lixa.
3 - dar umas mochiladas na sujeita e sair andando e por aí vai.
o foda é que como eu sei o estrago que um garfo faz na cara de uma pessoa, de modos que eu entreguei meu pobre nokia 6101 mais fodido que a cara do rocky no fim da luta contra o apollo pra uma pessoa portando TALHERES.
o mais legal da história é que se em goiânia eu estivesse, tal história eu jamais contaria. até porque, em césio city, ninguém é assaltado em ponto de ônibus cheio, muito menos durante a refeição do marginal em questão.
o fato é que eu cheguei em casa cuspindo fogo e, na condição de cidadã indignada, passei a mão no telefone (não no meu, é claro, nele tinham passado a mão antes) e liguei pra polícia.
eu, boa filha de policial que sou, sabia que não ia servir pra porra nenhuma aquela ligação. mas dizer às autoridades que eu, cidadã de bem, trabalhadora, cumpridora dos meus deveres cívicos, havia sido brutalmente
(ou nem tanto) privada de meu aparelho de telefonia móvel, me fez sentir bem melhor. no mínimo, trocaram meu telefone por um sanduíche de mortadela (ele não valia muito mais que isso) e tão dando risada da minha cara até hoje.
pelo menos, fiquei com meu chip.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

os níveis de serotonina e o hiato criativo

até pouco tempo atrás, eu tinha arrepios só de pensar em serotonina.
foram 2 anos enrolada com um tcc sobre fibromialgia e a porra da serotonina sempre lá, diminuindo os níveis de felicidade na minha vida. o que é irônico, visto que a serotonina é um neurotransmissor ligado, dentre outras sensações, à felicidade, ao bem estar ou seja lá qualé o nome dessa merda.
o fato é que eu não ando muito feliz. tô cercada de gente ótima, mas passo boa parte do meu dia lidando com gente escrota e pensando nas pessoas lá em césio city que não andam muito felizes e isso vai me aborrecendo até chegar num ponto em que meus pontos de serotonina ficam nulos.
o problema é que quando não tou feliz, eu fico burra. não sei escrever, não tenho paciência pra ler, não sei conversar, só faço cagada e me divirto muito pouco. ando abrindo o twitter e fechando frustrada pq não consigo botar 140 caracteres pra fora. 140 fucking caracteres. ando evitando conversas difíceis. aliás, ando evitando conversas em geral. meu monossilabismo tem incomodado minha chefe, que perguntou se eu ando tomando vitaminas, se eu não tou precisando voltar ao médico e se eu tenho me alimentado direito. o que é uma pergunta pertinente, visto que eu realmente não tenho me alimentado direito, já que depois da burrice, vem a gastrite.
o primeiro sinal físico da minha falta de felicidade é sempre emitido pelo meu estômago: enjôo, dor, queimação, digestão difícil e intolerância à coca cola, seguidos por uma semana de refeições feitas na marra. a pergunta: como é que eu posso ficar feliz se nem minha coca cola eu posso beber em paz? já não me basta a abstinência de pamonhas?
é mais ou menos por isso que eu vim postar isso aqui. meu estômago não me deixa dormir e eu não consegui pensar em nada melhor. sabe como é, eu ando meio burrinha.
se alguém quiser me deixar feliz, deixe algum comentário com o endereço de uma pamonharia ou deposite 500 reais na minha conta. grata.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

notas gastronômicas

- Não sei como foi que eu consegui viver por 22 anos sem rolinho primavera de frango com cream cheese.
- Não sei qualé a do milho cozido servido em caixinhas no meio da calçada.
- PORQUÊ DIABOS NÃO TEM PAMONHARIAS NESSA CIDADE? Como uma pessoa de Goiás pode se sentir realizada num lugar onde pamonhas não existem?
- Por falar em pamonha: Nigga, please. Pamonha doce is not pamonha.
- As padarias daqui ainda me assustam. Continuo evitando.
- Doces bonitos geralmente não são bons. Também evito.
- Achei ervilha torta pra comprar, ali, toda facinha no hortifruti do supermercado. Mas isso não vai me fazer esquecer a falta de pamonharias.
- Bolinhos de bacalhau são supervalorizados.
- O ranking de bolinhos de arroz continua com os do Degusta em primeiro lugar. É quase um Jenson Button: começou ganhando e ninguém consegue alcançar.
- Fui num restaurante de comida cara e decoração cafona onde me serviram frango com um molho doce encima. É claro que tava ruim. Lá em Goiás, isso de colocar açúcar na comida das pessoas dá morte.
- Em São Paulo, 1 prato = 2 pratos e meia porção = 1/4 de porção. Parte meu coração. (sem contar que rima)
- Apesar do aspecto repulsivo, guacamole não é um molho ruim.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

ó, mas que dia adorável

Afirmação isenta de pieguice ou influência de eventos de cunho sentimental: hoje é o dia mais bonito que eu já vi nessa cidade.
Quente sem estar desesperador, com cheiro de bolo vindo de um lugar que eu não sei qualé, céu de um azul mais bonito que o da camisa do grêmio e eu vi a 10 minutos atrás uma porção de passarinhos (não eram pombos e não eram calopsitas em gaiolas de pet shop).
Tá bom que eu continuo perdida, dura e com sotaque e minha vida continua o fracasso de sempre, o que quer dizer que meu bom humor não se baseia em nada e eu provavelmente seja bipolar, ainda assim, hoje é um bom dia.
Até voltei a escrever. Obviamente ficou ruim, mas não se pode ter tudo.
Talvez o dia de hoje seja um presente da cidade pra mim. Uma espécie de "parabéns pelos nossos 3 meses, fica aí que vai ter bolo e desculpa o trânsito na brigadeiro luiz antônio".
Aposto que amanhã chove, faz frio e eu chego atrasada no trabaho. É, amanhã eu trabalho.
Pronto, passou o bom humor.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

alô bety?

3 da matina, eu vendo filme agua com açucar e olha vejam só eis que toca o telefone:
- plim plim plim plim plim plim plim plim (barulho de chamada a cobrar, achei que fosse alguma coisa séria. até pq, lá de onde eu venho, se seu telefone toca três da manhã ou é alguém bêbado ou é coisa séria)
(geralmente é alguém bêbado, mas bêbado que é bêbado, liga direto no celular)
- (snif snif) ô mãe... (voz de mulher)
- quê?
- (mais choro soraya montenegro pride) mãe, eu fui roubada...
(é, eu também fui, precisa ver os juros do meu cartão de crédito)
- moça, vc ligou pra casa errada.
- (choro some milagrosamente) peraí.
- alô, mãe? (voz de homem)
- eu não sou sua mãe não, moço.
- de que bairro tá falando?
- quê? aqui é pirituba.
- não é moema?
(não é mesmo)
- não. pi-ri-tu-ba. moema fica do outro lado da cidade.
- ah tá.
tu tu tu tu tu tu
duas palavras pra vocês: nigga, please.
existe um jeito honesto de amolar pessoas por telefone e ele se chama telemarketing.
vão trabalhar e me deixem ver tv, cacete.

terça-feira, 12 de maio de 2009

chuvas isoladas e áreas de instabilidade

quem não foi no show do oasis é feio e bobo.
e advinha?
choveu.
e advinha de novo?
é claro que eu não levei guarda chuva nem capa.
aliás, o tempo só muda em são paulo quando eu não tou pronta pra isso.
dia que eu resolvo abrir as janelas de casa e sair pra dar uma volta, venta o suficiente pra derrubar árvores na cidade inteira.
dia que eu resolvo lavar meus jalecos, faz um frio da poha e eu aproveito pra esquecer o agasalho em casa.
por sinal, reparei que não tenho roupa pra encarar inverno de verdade.
dá um tempo, são pedro. de onde eu venho, só existem 2 estações: quente, com chuvas esporádicas e quente pra caralho com umidade do ar girando em torno de 20%.
variações climáticas nunca foram o meu forte.
o melhor de tudo é reparar que apesar disso, o meu termostato funciona bem, ao contrário do resto da cidade: se tá 22 graus, tá todo mundo de agasalho, se faz 32, tá todo mundo derretendo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

pam parararam parararararam

(onomatopéia de abertura do jornal nacional)
Hoje parei pra pensar sobre o fato de que eu ando desinformada.
Se ainda estivesse em goiânia, provavelmente saberia a cotação do dolar, quantas pessoas já morreram de gripe do porco, o que diabos o Obama anda fazendo now that he can e o paradeiro de Amy Winehouse.
A questão é: ultimamente, não sei nem por onde andam minhas meias.
Tenho visto menos futebol, menos noticiário, menos site de fofoca, twitter não vê minha cara faz tempo, não sei quem lançou disco esse ano, muito menos quem andou parindo recentemente.
blame it on São Paulo.
Amanhã vou comprar a folha, só por desencargo de consciência.

domingo, 26 de abril de 2009

tuberculose, comofas?

Não sei se é a poluição, a naftalina no meu armário, tique nervoso ou meu sistema imunológico tirando uma com a minha cara, mas tou tossindo feio faz tempo.
Na verdade, nem me lembro desde quando.
Devo dizer que já tá dando nos nervos.
E a preguiça de ir ao médico e ele me dizer que eu vou morrer igual ao Castro Alves?
Morrer de tosse perdeu o glamour já tem mais de um século, minha gente. Se for pra morrer, volto pra Goiânia. Prefiro morrer de césio, isso sim é do meu tempo.
A vida segue nesse cof cof e alguém que souber quando tem jogo do Juventus me avisa que eu quero ir. Acho grená uma cor sensacional.

sábado, 18 de abril de 2009

antes que eu me esqueça de dizer

sem essa de que eu sinto saudade de goiânia.
cagay pra césio city, meus quereedos.
eu adoro essa esquizofrenia toda aqui.

parabéns pra mim

que ainda não morri.
faz dois meses que tou aqui.
o que quer dizer que já tem 60 dias que não vejo minha mãe, meu irmão, minha vó e todas as outras pessoas que somadas perfazem um total de 95% das pessoas que se importam comigo nesse mundo. quer dizer também que já faz um tempinho que não ganho abraços compridos. eu venho de uma família onde se tem muito contato físico.
lá em casa, sempre tinha abraço, beijo e montinho.
parece que faz um ano que não ganho um boa noite da minha mãe num pijama de bolinha.
difícil pensar no que mudou nestes dois meses de são paulo, visto que eu passei tanto tempo pensado em problema que não tive tempo pra pensar no que os problemas fizeram comigo.
- meu sotaque ficou mais forte. isso foi proposital. ou não. talvez parar de ouvir as pessoas falando da mesma forma que eu tenha me feito prestar atenção no jeito que eu falo.
(a propósito: uai é uai, uai.)
- intercalo compulsão por comida com distúrbios alimentares. de pratos de operário da construção civil a bulimia induzida por helycobacter pylori. uma montanha russa de emoções.
- aprendi a falar muito sobre coisas que não importam. isso foi inconsciente.
(pobre chris, aguentando diarréia mental 24/7.)
talvez essa seja uma forma de não ter tempo de sentir vontade de desabafar sobre o que realmente importa.
isso eu faço aqui, já que não melhora nem piora minha vida se vc ler esse post até o fim ou não.
(talvez piore a sua)
- fiquei com uma noção de valor meio distorcida. o fato da vida em são paulo ser muito cara, mudou minha percepção a respeito da relação caro/barato.
parei de achar 9,50 um abuso por um quarteirão com batatas e coca cola.
(mas continuo achando 30 reais um valor inaceitável pruma pizza)
- meu cabelo ficou uma desgraça e cai sem parar. as vezes, parece que meu cabelo é uma peruca feita com pelos de cachorro morto. e feita com cola vagabunda, visto que ele anda caindo bastante. se alguém souber como resolvo isso, me avise.
no fim das contas, ainda não sei se vir pra cá foi besteira ou não.
profissionalmente, talvez tenha sido a melhor idéia que eu já tive (pelo menos a melhor que eu botei em prática, visto que quando pensei em trocar de curso, não levei o lampejo adiante), mas levando em consideração o fato de que minha vida pessoal degringolou de vez de lá pra cá, será que valeu a pena?
será que um dia as coisas vão ser tão legais que eu vou rir desse drama todo que tou fazendo agora?

ah, o doce sabor do proletariado

o problema de voltar ao trabalho é que existem duas coisas que eu ainda não consegui comprar em são paulo: macarrão e all star.
o macarrão tá sempre uó e os all star estão SEMPRE acabando com meus pés.
comofas pra trabalhar quando vc só consegue pensar no mindinho espremido?
poha, brasil! tem no mínimo 18 anos que eu uso sasporra de tênis e essa porcaria sempre foi mais confortável que pantufa!
por falar em pantufas, agora tenho um par de pantufas.
ronnie von e amaury, muito prazer.

- questão relevante: porque os motoristas de ônibus em são paulo só não param fora do ponto quando sou eu sozinha em santo amaro depois das 10 da noite?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

bi bi fom fom

Ah, a buzina, esse adorável botãozinho. Você aperta e ele faz barulho.
90% dos brinquedos disponíveis pra crianças abaixo de 5 anos é assim.
E na ânsia do motorista de satisfazer sua criança interior... FOOOOOOOOOOOOOOOM!
Fato: O ato de apertar a buzina do seu carro não faz com que o carro da frente se mova.
Dica: Buzinas não são campainhas.
Na verdade, chamar as pessoas buzinando me faz pensar no Tarzan gritando na selva. Sem o lance da tanguinha, claro.
O foda é que Chita sempre leva horas pra aparecer.

terça-feira, 31 de março de 2009

monday night fever

aviso: senta que lá vem história.
Segunda.
Se vc acha que nada acontece segunda-feira depois das 6 da tarde além das pessoas dizerem o quanto odeiam segundas-feiras, está redondamente enganado.
Segunda é um dia de emoção, agito, adrenalina.
UHU.
Então minha amiga simone resolveu casar no dia do aniversário.
Seria genial, não fosse o aniversário dela numa bruta segunda feira.
Lá vai a Heidinha pra Utinga, Santo André, sem fazer idéia de onde fica sámerda.
20:30 - Utinga, Santo André
Eu que já morei em quebrada e não tenho a menor noção do perigo, fiquei com medo dos arredores da estação Utinga. Reflitam.
Casório foi ótimo, descrevo num post futuro.
23:45 - Estação Brás
É. Foi essa a hora em que eu cheguei de Santo André. Culpa do trem, lerdeza da porra ¬¬
No brás, uma dúvida: Se já era tão tarde e eu não ia conseguir chegar na Brigadeiro L. Antônio a tempo de pegar um ônibus pra casa, o que eu ia fazer?
Eu sabia que na Praça da Luz tinha um ônibus que sobe a minha rua, mas era só um e o último tinha grades chances de já ter passado.
Fui pra Sé.
Estação da Sé - 23:56
Passagens bloqueadas.
Pensei: FODEU, vou ter que ir pra praça pegar ônibus. Ninguém em sã consciência vai de vestido florido pra praça da sé, sozinho e depois das 7 da noite. (travestis não contam. até pq eles não costumam usar vestido de florzinha. e eles tb devem ter medo da sé depois das 7)
Um tiozinho funcionário do metrô, resolveu omitir uma série de informações importantes pra me responder qdo eu perguntei como fazia pra pegar o metrô no sentido Jabaquara (meu plano era: ir pra santa cruz e lá pegar o ônibus pra casa): ao invés de me dizer, entra à esquerda, lá na frente vc vai encontrar uma escadaria. descendo as escadas, vc fica na plataforma da direita era mais legal ele me dizer é só entrar alí, à esquerda. Resultado: o trem tava vindo, eu louca precisando correr pra não perder o ultimo ônibus, entrei num trem da linha vermelha, sentido Itaquera. A minha sorte: reparei assim que entrei no vagão. Meu azar: assim que eu entrei a porta fechou.
Estação Pedro II - alguma coisa em torno de meia noite
Não me pergunte onde fica a Pedro II: eu não sei. Sei que fica entre o Brás e a Sé, e não era lá que eu queria passa a noite.
Peguei o metrô de volta pra Sé.
Estação da Sé - 00:05
Consegui achar a plataforma pro Jabaquara. A questão era: ainda tinha metrô?
Se em Césio City eu estivesse, na rua eu dormiria, visto que lá o transporte público para meia noite, sem choro nem vela, com raríssimas exceções em alguns terminais de bairro pra levar os últimos gatos pingados.
Veio o metrô: passou vazio e direto.
Pensei: FODEU, vou dormir com os mendigos na Sé.
Veio um segundo metrô: esse parou e eu finalmente tava indo pra Estação/Shopping/Terminal Santa Cruz.
Estação/Shopping/Terminal Santa Cruz - 00:17
G-zuz abençoa as placa. Placas fazem minha vida em São Paulo bem mais fácil, ainda mais em lugares confusos como Santa Cruz.
Chegando em Santa Cruz, adefinhãm o que o ônibus pra minha casa tava fazendo?
Não sei o que era, mas sei que era em algum lugar já fora da Estação/Shopping/Terminal.
Pensei: Beleza, pelo menos fodeu longe da crackolândia.
Voltei a acreditar em providência divina quando, às 00:40, o cobrador do último ônibus ainda em Santa Cruz, um intermunicipal que ia pra Embu, me informou que passava na avenida que fica a 2 quadras de casa.
Ponto de ônibus perto de casa - Alguma coisa depois de uma da manhã
Última etapa da aventura: como atravessar viva 2 quadras?
CORRE, FORREST!!
Seu Laurindo, o porteiro, teve que abrir a janelinha pra saber o que eu tinha.
Eu teria contado a história toda pra ele se não tivesse bebido coca cola demais no casório e não estivesse já salivando de vontade de mijar.
FIM.
ah, cheguei em casa antes de molhar as calças: moro no quinto andar, grazadels.

sexta-feira, 27 de março de 2009

não vá sujar a sou roupa, está me ouvindo, tesouro?

quarta feira volto a usar branco.
quero saber quem foi que teve a infeliz idéia de padronizar a cor branca pra profissionais de saúde.
WHY THE FUCKING HELL todo mundo que trabalha com saúde tem que usar branco?
convenhamos que "dá uma idéia de limpeza" é um argumento muito fraco (além de ser o único que eu ouvi até agora).
branco desfavorece gordinhas, gente estabanada, gente estabanada que toma toddynho e pessoas que andam de ônibus.
branco é uma cor infeliz.
qual é o problema com o amarelo? ok, ninguém fica bem de amarelo. mas e com o roxo? o azul? o verde? o preto?

segunda-feira, 23 de março de 2009

questões relevantes

- porque alguns taxistas em são paulo se acham no direito de ser fdps com quem tá desesperado pra ir pra casa?
- porque algumas produtoras acham válido passar 30.000 pessoas de uma vez só por um único portão de 3m de largura?
- porque essas mesmas produtoras acham que 800 taxis vão levar 30.000 pessoas pra casa?
(depois eu que sou da roça)
- porque as pessoas aqui vendem inteiras e meias pra shows e na porta não conferem as carteirinhas?
(péra. eu comprei inteira pra ver o radiohead. é. vai ver eu sou da roça mesmo.)

domingo, 22 de março de 2009

prezado senhor murphy,

eu sei que o senhor me adora e que deve ser divertido ficar atrapalhando a minha vida, tipo criança chata com lupa na mão pentelhando formiga, mas eu tou de saco cheio.
se o senhor quiser que eu pare de reclamar, é só me deixar em paz.
eu ficaria muito grata.
ia até arranjar outra pessoa pra botar a culpa dos meus infortúnios.
por hora é isso.

macabéa está bege

ainda não cheguei aos 30 posts aqui.
e o blog já tem mais de mil visitas.
juro que não entendo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

são paulo para noobs, pt.2

se vc quer saber como chegar a qualquer lugar em são paulo, esqueça os cobradores de ônibus e as velhinhas na rua. só existe uma fonte de conhecimento maior que os taxistas (que nem sempre tão de bom humor) para saber comofas: o todo poderoso Google Maps.

segunda-feira, 16 de março de 2009

a quem interessar possa

faltam 6 dias pro Radiohead.
chegar no jóquei, comofas?

rapidinhas de domingo

- boa parte das pessoas que eu conheço precisa de alcool pra perder a dignidade.
esse não é o meu caso.
- alcool ainda tem acento? ainda não tou na vibe da reforma.
- meu cu que vou parar de usar trema.
- lingüiça, conseqüência, seqüestro.
- as pessoas precisam parar de ser bipolares comigo. sério.
- ai droga de cidade onde tudo é longe. minha bunda tá entrando prum programa de milhagens da sptrans e eu vou pra aruba nas minhas próximas férias.
- cansei de más notícias. se vc não tiver nada de bom pra me dizer, tipo que eu acabei de herdar um milhão de dólares daquele meu tio rico do qual eu nunca ouvi falar, me deixa. saicu.
- fui num karaoke.
- e ele tinha estofado vermelho.
- e paredes cor de rosa.
- e espelhos.
- e um globo de espelhos no teto.

sexta-feira, 6 de março de 2009

nada como um dia (ruim) após o outro

é quando tá na merda que vc descobre a verdade sobre as coisas, os lugares e as pessoas.

quinta-feira, 5 de março de 2009

o ultimo que sair, apague a luz

ou pelo menos desligue o aquecedor.

notas gastronômicas

- retiro tudo o que disse sobre as coxinhas em são paulo. continuo achando as massas simpáticas, mas os recheios são os mais secos do mundo.
- ai que saudade do empadão goiano.
- caros restaurantes, eu peso 50kg por uma razão simples: não consigo ingerir um quilo de comida numa única refeição. favor me trazer pratos menores.
- não dei sorte com o macarrão daqui. sempre que eu peço tá horrível ou meu estômago tá zicado.
- fiquem aí que vai ter bolo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

são paulo para noobs, pt.1


uma das coisas que mais faz falta pra um goiano em são paulo é um lugar verdinho pra colocar os pensamentos em ordem (ou pra colocar a cabeça em stand by e não pensar em porra nenhuma, pra variar). Eu ainda não sei como funciona sampa city, mas achei absurdamente irônico encontrar uma dessas ilhas de paz no meio da avenida paulista.
Se você ainda não sentou sua bunda gorda nos sofázinhos do jardim da Casa das Rosas*, eu recomendo.
se você tiver ouvidos seletivos o suficiente para ignorar o trânsito, corre o risco de ouvir uns passarinhos, a fonte e o barulho do vento nas folhas. não esqueça de ficar bege com as únicas rosas do mundo mais bonitas que as da casa da minha avó e com a arvore roxa que eu tenho certeza que não é um ipê, porque ipês não dão flor nessa época.
nota: a biblioteca não funciona segunda-feira.

*Casa das Rosas
Av. Paulista, Nº 37
Quase em frente ao Hospital Santa Catarina, bem perto do Metrô Brigadeiro.

domingo, 1 de março de 2009

uma questão relevante

salvaram o ganso do lago da aclimação?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

don't get me wrong

é difícil ser otimista quando as coisas não param de dar errado.
não faz muito sentido ficar mostrando os dentes quanto tudo vai ficando mais complicado e tudo o que eu sinto é uma sensação grande de desamparo, apesar de ter um trio de mães e mais meia dúzia de amigos viadinhos cuidando de mim.
uma vez me disseram que as coisas iriam piorar muito antes de melhorar.
nunca acreditei tanto.

o direito de ficar muito nervosa

eu tenho.
e não me encham o saco.
grata.

as pessoas mais burras do mundo

são paulo, até onde eu sei, tem uns 11 milhões de habitantes. 22 se vc contar toda a região metropolitana. goiânia tem 1,7 milhão. o que quer dizer, que o número de pessoas burras aqui é infinitamente maior. e eu já me encontrei com uma porção delas.
no conselho regional de farmácia daqui, inclusive, me pediram um documento que não existe. depois de eu dizer que o tal documento não existia, o sujeito do guichê me disse que "sem ele não posso dar entrada no seu registro". SERIÃO? alguém me explica como eu viro uma carteirinha provisória QUE NÃO É EMITIDA em goiás?
oi são paulo, foi assim que a união soviética caiu, fica a dica.

obrigada nossa senhora da bicicletinha

padroeira de pirituba pela graça concedida.
ubatuba é coisa linda.

sobre rolos antigos e auto-flagelação

os ultimos dias em goiânia foram complicados.
sabe aquele seu rolo de muito tempo que vc não aguenta mais? aí vc acha uma pessoa nova, quer que essa merda velha vá pra pqp, só que a droga da véia resolver ser legal com vc e te mostrar o que costumava ser bom...
vá a merda, goiânia. não te quero mais.
nem me venha com essas noites bonitas e fresquinhas que eu não caio mais nessa.
difícil mesmo foi deixar minha mãe pra trás.
não existe sofrimento pior que aquele que vc sabe que é vc mesmo quem está causando. rola um quê de sado-masoquismo e aquela sensação de *a culpa é toda minha* que é pior que bater o dedinho no sofá.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

por isso eu acredito nos riffs

fui jantar com a minha avó hoje.
foi a gota d'agua.
as gotas d'agua.
zilhões delas.
chorei feito um neném.
pra dizer a verdade, eu bem que tava precisando. mas podia não ter sido na frente da minha vovózinha.
a véia é doida, a véia é desbocada, a véia é venenosa.
ADORO.
vou morrer de saudade.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

não aprendi a dizer adeus

é pensando nesse clássico made in goiás que eu digo: despedidas são uma desgraça.
saber que vou ficar um bom tempo longe de coisas, lugares e pessoas é uma das sensações mais bizarras da vida e eu odeio sámerda.
é emocionalmente exaustivo.

MELHOR. PIADA. EVER.

- toc toc.
- quem tá aí?
- é a gestapo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

na vitrola

Superguidis - O banana
(...)
Que banana que eu sou...
Um completo bundão
Embora você diga que não (2x)
Eu não acredito (2x)

(...)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

coisas sobre são paulo e os paulistanos

paulistanos se irritam com qualquer coisa.
paulistanos donos de restaurantes não sabem que pessoas de 50 quilos em geral tem 50 quilos porque comem pouco.
paulistanos bebem café demais.
paulistanos tem um senso de ironia que me emociona. e isso não é ironia.
paulistanos não tem A MENOR IDÉIA de como é o interior do brasil.
paulistanos tem uma noção de distância incompreensível.
são paulo não tem pombos. nenhum que eu me lembre de ter visto. provavelmente foram comidos pelos mendigos da sé.
paulistanos entendem de padarias. e fazem as melhores coxinhas ever.
paulistanos não sabem fazer salada.
são paulo tem classificados mequetrefes. pelo menos a folha de são paulo tem.
paulistanos andam na mesma velocidade que eu.
paulistanos usam camisetas divertidas.
são paulo tem pouco semáforo pra pedestre.
paulistanos são muitos. putaquepariu quanta gente.

stol guei

esse é um post pra agradecer aos meus patrocinadores anjos da guarda em terras paulistanas. de anfitriões geniais a incentivadores incondicionais, eu vou construindo uma nova família a medida que deixo meus laços de sangue pra trás.
obrigada. de verdade.
parei de viadage.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

quem tem boca

pentelha as pessoas na rua até chegar em roma.
foda é que existem 750 formas diferentes de se chegar até lá.
quero um gps.
grata.

caos aéreo

chuva.
de granizo.
em goiânia.
assim começou o primeiro dia do resto da minha vida.
isso me levou a pensar sobre tudo o que ia dar errado com muita força dalí pra frente e eu quase pedi penico.
aviões decolando não ajudam muito. tenho pânico de aviões decolando. principalmente quando estou dentro deles.
mas a rádio tam nº 7 é coisa boa. tem oasis. também achei o sanduichinho tendência e a safra de coca cola me agradou o paladar.
mas o que leva duas pessoas a irem buscar alguém no aeroporto e por 20 minutos procurarem em todos os lugares do mundo menos no saguão de desembarque?
fica aqui o questionamento.

no dia em que eu saí de casa, minha mãe me disse

filho, vem cá.

bom, no fantástico mundo de zezé, talvez.
no dia em que eu comuniquei minha mãe da minha decisão de emigrar para terras paulistanas, minha mãe me rogou 3428 pragas, cuspiu na minha cara e me chamou de ingrata.
mentira.
mas pela cara dela, foi o que ela pareceu fazer mentalmente.
meu nome é heide, eu tenho 22 anos, sou farmacêutica e isso é o que acontece quando alguém que não sabe nada da vida vai pra são paulo atrás de sexo, drogas e rock'n'roll trabalho e alguma diversão.