sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

don't get me wrong

é difícil ser otimista quando as coisas não param de dar errado.
não faz muito sentido ficar mostrando os dentes quanto tudo vai ficando mais complicado e tudo o que eu sinto é uma sensação grande de desamparo, apesar de ter um trio de mães e mais meia dúzia de amigos viadinhos cuidando de mim.
uma vez me disseram que as coisas iriam piorar muito antes de melhorar.
nunca acreditei tanto.

o direito de ficar muito nervosa

eu tenho.
e não me encham o saco.
grata.

as pessoas mais burras do mundo

são paulo, até onde eu sei, tem uns 11 milhões de habitantes. 22 se vc contar toda a região metropolitana. goiânia tem 1,7 milhão. o que quer dizer, que o número de pessoas burras aqui é infinitamente maior. e eu já me encontrei com uma porção delas.
no conselho regional de farmácia daqui, inclusive, me pediram um documento que não existe. depois de eu dizer que o tal documento não existia, o sujeito do guichê me disse que "sem ele não posso dar entrada no seu registro". SERIÃO? alguém me explica como eu viro uma carteirinha provisória QUE NÃO É EMITIDA em goiás?
oi são paulo, foi assim que a união soviética caiu, fica a dica.

obrigada nossa senhora da bicicletinha

padroeira de pirituba pela graça concedida.
ubatuba é coisa linda.

sobre rolos antigos e auto-flagelação

os ultimos dias em goiânia foram complicados.
sabe aquele seu rolo de muito tempo que vc não aguenta mais? aí vc acha uma pessoa nova, quer que essa merda velha vá pra pqp, só que a droga da véia resolver ser legal com vc e te mostrar o que costumava ser bom...
vá a merda, goiânia. não te quero mais.
nem me venha com essas noites bonitas e fresquinhas que eu não caio mais nessa.
difícil mesmo foi deixar minha mãe pra trás.
não existe sofrimento pior que aquele que vc sabe que é vc mesmo quem está causando. rola um quê de sado-masoquismo e aquela sensação de *a culpa é toda minha* que é pior que bater o dedinho no sofá.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

por isso eu acredito nos riffs

fui jantar com a minha avó hoje.
foi a gota d'agua.
as gotas d'agua.
zilhões delas.
chorei feito um neném.
pra dizer a verdade, eu bem que tava precisando. mas podia não ter sido na frente da minha vovózinha.
a véia é doida, a véia é desbocada, a véia é venenosa.
ADORO.
vou morrer de saudade.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

não aprendi a dizer adeus

é pensando nesse clássico made in goiás que eu digo: despedidas são uma desgraça.
saber que vou ficar um bom tempo longe de coisas, lugares e pessoas é uma das sensações mais bizarras da vida e eu odeio sámerda.
é emocionalmente exaustivo.

MELHOR. PIADA. EVER.

- toc toc.
- quem tá aí?
- é a gestapo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

na vitrola

Superguidis - O banana
(...)
Que banana que eu sou...
Um completo bundão
Embora você diga que não (2x)
Eu não acredito (2x)

(...)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

coisas sobre são paulo e os paulistanos

paulistanos se irritam com qualquer coisa.
paulistanos donos de restaurantes não sabem que pessoas de 50 quilos em geral tem 50 quilos porque comem pouco.
paulistanos bebem café demais.
paulistanos tem um senso de ironia que me emociona. e isso não é ironia.
paulistanos não tem A MENOR IDÉIA de como é o interior do brasil.
paulistanos tem uma noção de distância incompreensível.
são paulo não tem pombos. nenhum que eu me lembre de ter visto. provavelmente foram comidos pelos mendigos da sé.
paulistanos entendem de padarias. e fazem as melhores coxinhas ever.
paulistanos não sabem fazer salada.
são paulo tem classificados mequetrefes. pelo menos a folha de são paulo tem.
paulistanos andam na mesma velocidade que eu.
paulistanos usam camisetas divertidas.
são paulo tem pouco semáforo pra pedestre.
paulistanos são muitos. putaquepariu quanta gente.

stol guei

esse é um post pra agradecer aos meus patrocinadores anjos da guarda em terras paulistanas. de anfitriões geniais a incentivadores incondicionais, eu vou construindo uma nova família a medida que deixo meus laços de sangue pra trás.
obrigada. de verdade.
parei de viadage.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

quem tem boca

pentelha as pessoas na rua até chegar em roma.
foda é que existem 750 formas diferentes de se chegar até lá.
quero um gps.
grata.

caos aéreo

chuva.
de granizo.
em goiânia.
assim começou o primeiro dia do resto da minha vida.
isso me levou a pensar sobre tudo o que ia dar errado com muita força dalí pra frente e eu quase pedi penico.
aviões decolando não ajudam muito. tenho pânico de aviões decolando. principalmente quando estou dentro deles.
mas a rádio tam nº 7 é coisa boa. tem oasis. também achei o sanduichinho tendência e a safra de coca cola me agradou o paladar.
mas o que leva duas pessoas a irem buscar alguém no aeroporto e por 20 minutos procurarem em todos os lugares do mundo menos no saguão de desembarque?
fica aqui o questionamento.

no dia em que eu saí de casa, minha mãe me disse

filho, vem cá.

bom, no fantástico mundo de zezé, talvez.
no dia em que eu comuniquei minha mãe da minha decisão de emigrar para terras paulistanas, minha mãe me rogou 3428 pragas, cuspiu na minha cara e me chamou de ingrata.
mentira.
mas pela cara dela, foi o que ela pareceu fazer mentalmente.
meu nome é heide, eu tenho 22 anos, sou farmacêutica e isso é o que acontece quando alguém que não sabe nada da vida vai pra são paulo atrás de sexo, drogas e rock'n'roll trabalho e alguma diversão.