segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sorte ou revés

O mercado imobiliário porto alegrense tá de brinks com a minha cara.
Burocracia demoníaca, listas de espera pra imóveis, neguinho pedindo dois fiadores (pq um já tá facil de arrumar mesmo, né?) e essas coisas que me fazem entender os mendigos. Mais fácil morar na rua mesmo.

Tópicos de auto-ajuda, vol. 1 - Que seja imortal, posto que é chama

(mas se tiver chama no posto, corre que vai dar merda)
Eu tava escrevendo um post de auto-ajuda. Era um post pra acalentar corações como o da minha amiga T.(de costas, no escuro, rosto quadriculado e voz de macy gray) que foi passada pra trás por um imbecil que vai pegar clamídia e morrer muito em breve. Mas a verdade é que eu não posso ensinar nada pra ninguém sobre como superar um coração partido se eu nunca deixei ninguém partir o meu. Então eu deletei tudo o que tinha no post e resolvi deixar aqui só a minha fórmula de sucesso:
1 - Não goste de ninguém. Dá trabalho, e vai inchar a sua cara de tanto chorar. A minha pele é boa porque eu não perco meu tempo com imbecis.
Nota: Se acontecer de você gostar de alguém, certifique-se (mas certifique-se mesmo) de que esse alguém não é um imbecil.
2 - Se um cara não te trata como uma deusa, ele que foda-se.
3 - Fuja de gente problemática. Quem tem filho barbado é gato.
4 - Se você precisa de um namorado/uma namorada pra ficar feliz, você tem é problemas de menos, toma aqui o extrato da minha conta, resolve essa pra mim.
5 - Alguém com quem você briga o tempo inteiro é, obviamente uma companhia ruim, livre-se dela.

domingo, 21 de novembro de 2010

na na na nanananaaaaaaaaaaa

hey juuuude.
é cafona, mas eu cantei.
eu que sempre caguei pra Beatles, me curvei diante de vossa majestade sir paul mccartney e fiquei embasbacada com a fodasticidade do show do hômi.
sobre a organização do show, meia dúzia de ressalvas apenas, incluindo as filas estranhas e a total ausência de um fdp pra vender um copinho d'agua pros irmão com sede.
e alguém me explica pq diabos a RBS tava distribuindo aqueles lencinhos.

notas gastronômicas

- continuando a sofrida saga em busca das pamonhas, fui brutalmente enganada ontem por uma feira no centro de porto alegre cujas bancas vendiam comes e uma delas tinha uma faixa. uma faixa que dizia varias coisas, que eu não li pq tava escrito pamonha no final, mas pamonha tinha mas acabou e eu fui pra casa com o coração partido. mas não foi um total desperdicio, visto que a tal feira era um encontro de umbanda e tava rolando um concurso de miss macumba (creio que o nome não era esse) com direito à categoria de miss simpatia. sabe-se lá de que tipo de simpatia eles tavam falando.
- existem comidas que fazem você se sentir mais magro. wrap de salmão é uma delas.
- sopa de capeletti tem cara de agua suja com caramujos boiando, ainda me falta a coragem.
- várias galinhas dão as suas vidas por uma bela porção de coração. aprecie com o devido respeito.
- o xis do rio grande do sul tem o dobro do tamanho de qualquer xis de goiás (em são paulo, se tem xis, eu não comi nenhum. só vi fancy hamburgers caros pra burro) e por enquanto tá xis do cavanhas 4 x 0 eu.
- aparentemente o licor de pequi é uma bebida apreciada no rio grande. NIGGAS, PLEASE.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

oi, rs

A minha história com o Rio Grande do Sul é comprida e complicada, de modos que eu não pretendo falar sobre ela agora. Tudo o que vc precisa saber é que é uma história velha. Eu passei toda a minha adolescência pensando em como seria se meu pai fosse menos chato e se eu largasse o verão eterno de Goiânia e viesse me deliciar com os anos de 4 estações em Porto Alegre.
Vc, Porto Alegrense menos apegado à cidade pode pensar: o que é que esse animalzinho veio cheirar aqui se tava em São Paulo, vibração, agitação, metrópole, cultura, balada, uhu? Vamos por partes:
1) Porto Alegre tem céu: Eu cresci olhando pra cima (sacomé, 1.60m) e qdo eu olho pra cima eu gosto de ver o céu e seus 23849238740 tons de azul, às vezes manchado de laranja, as vezes com pintas prateadas que eu gosto de pensar que é glitter e isso faz do céu um negócio bem boiola. Mas em São Paulo vc não vê o céu direito pq tem sempre uma nuvem de poluição, uns prédios na frente e estrela nenhuma.
2) Porto Alegre tem mais ou menos uns 2 milhões de habitantes: é meios que o mesmo tamanho de Goiânia e é umas 20 vezes menor que São Paulo, o que quer dizer que seja lá qual for o problema de engarrafamento, superlotação, buzinaço ou mendigos e trombadinhas, ele vai ser proporcionalmente bem menor.
3) Grêmio: Vou morar no estádio, vou morrer de gritar. Tá bom que eu evitei a fadiga e não fui ao Grenal desse ano, mas é um misto de falta de ingresso com trauma de infância, falemos de outra coisa.
4) É tudo mais barato que em São Paulo: Ok que ganha-se menos (teve neguinho me oferecendo metade do que eu ganhava na cidade caos), mas a possibilidade de fazer uma refeição por menos de dez reais e alugar um apartamento por menos de 500 é um negócio que faz brilhar o olho, cê precisa de ver.
5) Os rios daqui não fedem. O arroio dilúvio, onde caiu o Werner Schunemann, não conta.
6) As pessoas aqui são bonitas, muito bonitas: Não adianta chiar, elas são mesmo. Só não sei ainda se isso é bom, visto que torna a concorrência desleal.
7) O Justin Bieber tem uma biografia: Tem sim que eu vi na Fnac. E se um pivete que não sabe nem o que é, muito menos onde fica a Alemanha tem, eu tenho que ter a minha também e nada mais emocionante num livro que uma pessoa que virou persona non grata em cada um dos 26 estados da federação (já que o distrito federal não gosta de mim nem eu dele).

Open bar

é coisa do capeta.

notas gastronômicas

- meu problema com o sushi sempre foi a textura aflitiva. o gosto meio insosso meio doce não me agrada, mas tambem nao me incomoda, mas há de se conversar sobre aquela textura.
- ainda no campo da culinária oriental, no gendai (rolinhos com cream cheese amor eterno), eu comi a lula a dorê mais sem graça da minha vida. era a mais macia, mas tb era a mais sem graça. corta essa porra mais fina e tempera essa merda com bastante limão, carai.
- o lig lig, apesar de trocar alhos por caralhos e me trazer bolinhos de camarão qdo eu pedi de frango, nao chegou a decepcionar, visto que, mistério da natureza, camarão funciona com queijo. mas jamais peça pra trocarem o macarrao do yakisoba por bifum. péssima idéia. bifum (macarrão cabelo de anjo japonês) alem de nao ter textura de refeição, dá uma azia do inferno,
- continuo na busca por pamonhas fora das fronteiras de goiás e enquanto isso nao acontece, vou dando nota pras coxinhas, mas nada teve nota dez ainda, visto que o meu parâmetro é a coxinha da faculdade em Goiás, e em termos de sabor, nada bate contaminação radioativa e coliformes ocultos.

diálogos de balada

- pô, legal essa música, né?
- na verdade, essa banda me irrita.
- é, também não curto.

blame it on the city

ou não.
pode ser que o problema não seja geográfico, e sim comigo, mas eu acabei decidindo que foda-se essa merda, beleza que eu tou falida e fodida, mas tava bom já de me foder num emprego imbecil, sem tempo pra fazer nada da vida além de ser assaltada por pessoas portando talheres.
daí que, depois de meses pensando no que raios eu tinha pra fazer da vida, já que o nível de infelicidade me fez baixar a discografia do portishead, eu decidi que tava bom de são paulo.
mas não culpem a cidade, eu me diverti lá.

Pausa pro café (ou o magnânimo*)

depois de meses sem nada aqui (não por falta de assunto, mas eu já avisei pra vcs que eu não sou dada à escrita qdo tou pouco feliz) vamos a uma breve atualização:
durante esse longo hiato aqui no maca, meus tênis entraram num programa de milhagens e eu nunca rodei tanto esse país quanto nos últimos meses.
dentre os lugares onde eu estive, um dos mais memoráveis foi São Vendelino, naquele estado engraçado, o RS, onde eu, além de me impressionar com o quão pequena pode ser uma cidade, acabei fazendo amizade com o vice prefeito, a secretária de saúde e o tio do xis. estive também em césio city (culpa duma licença médica que eu tirei pq, aparentemente, eu não tava feliz o suficiente pra trabalhar) e foi o de sempre: mimos, pamonha, saudade das pessoas, calor do inferno...
como os ultimos meses foram os mais desgraçados da minha vida e eu comi o pão dormido que o diabo amassou com a bunda, eu resolvi dar um twist nas coisas e saí de são paulo.
é.

*o magnânimo, pasmem, é o nome dum supermercado. fica no sul do PR, não me perguntem onde. é só mais um dos lugares com nomes geniais que eu andei vendo por aí.