quinta-feira, 30 de abril de 2009

pam parararam parararararam

(onomatopéia de abertura do jornal nacional)
Hoje parei pra pensar sobre o fato de que eu ando desinformada.
Se ainda estivesse em goiânia, provavelmente saberia a cotação do dolar, quantas pessoas já morreram de gripe do porco, o que diabos o Obama anda fazendo now that he can e o paradeiro de Amy Winehouse.
A questão é: ultimamente, não sei nem por onde andam minhas meias.
Tenho visto menos futebol, menos noticiário, menos site de fofoca, twitter não vê minha cara faz tempo, não sei quem lançou disco esse ano, muito menos quem andou parindo recentemente.
blame it on São Paulo.
Amanhã vou comprar a folha, só por desencargo de consciência.

domingo, 26 de abril de 2009

tuberculose, comofas?

Não sei se é a poluição, a naftalina no meu armário, tique nervoso ou meu sistema imunológico tirando uma com a minha cara, mas tou tossindo feio faz tempo.
Na verdade, nem me lembro desde quando.
Devo dizer que já tá dando nos nervos.
E a preguiça de ir ao médico e ele me dizer que eu vou morrer igual ao Castro Alves?
Morrer de tosse perdeu o glamour já tem mais de um século, minha gente. Se for pra morrer, volto pra Goiânia. Prefiro morrer de césio, isso sim é do meu tempo.
A vida segue nesse cof cof e alguém que souber quando tem jogo do Juventus me avisa que eu quero ir. Acho grená uma cor sensacional.

sábado, 18 de abril de 2009

antes que eu me esqueça de dizer

sem essa de que eu sinto saudade de goiânia.
cagay pra césio city, meus quereedos.
eu adoro essa esquizofrenia toda aqui.

parabéns pra mim

que ainda não morri.
faz dois meses que tou aqui.
o que quer dizer que já tem 60 dias que não vejo minha mãe, meu irmão, minha vó e todas as outras pessoas que somadas perfazem um total de 95% das pessoas que se importam comigo nesse mundo. quer dizer também que já faz um tempinho que não ganho abraços compridos. eu venho de uma família onde se tem muito contato físico.
lá em casa, sempre tinha abraço, beijo e montinho.
parece que faz um ano que não ganho um boa noite da minha mãe num pijama de bolinha.
difícil pensar no que mudou nestes dois meses de são paulo, visto que eu passei tanto tempo pensado em problema que não tive tempo pra pensar no que os problemas fizeram comigo.
- meu sotaque ficou mais forte. isso foi proposital. ou não. talvez parar de ouvir as pessoas falando da mesma forma que eu tenha me feito prestar atenção no jeito que eu falo.
(a propósito: uai é uai, uai.)
- intercalo compulsão por comida com distúrbios alimentares. de pratos de operário da construção civil a bulimia induzida por helycobacter pylori. uma montanha russa de emoções.
- aprendi a falar muito sobre coisas que não importam. isso foi inconsciente.
(pobre chris, aguentando diarréia mental 24/7.)
talvez essa seja uma forma de não ter tempo de sentir vontade de desabafar sobre o que realmente importa.
isso eu faço aqui, já que não melhora nem piora minha vida se vc ler esse post até o fim ou não.
(talvez piore a sua)
- fiquei com uma noção de valor meio distorcida. o fato da vida em são paulo ser muito cara, mudou minha percepção a respeito da relação caro/barato.
parei de achar 9,50 um abuso por um quarteirão com batatas e coca cola.
(mas continuo achando 30 reais um valor inaceitável pruma pizza)
- meu cabelo ficou uma desgraça e cai sem parar. as vezes, parece que meu cabelo é uma peruca feita com pelos de cachorro morto. e feita com cola vagabunda, visto que ele anda caindo bastante. se alguém souber como resolvo isso, me avise.
no fim das contas, ainda não sei se vir pra cá foi besteira ou não.
profissionalmente, talvez tenha sido a melhor idéia que eu já tive (pelo menos a melhor que eu botei em prática, visto que quando pensei em trocar de curso, não levei o lampejo adiante), mas levando em consideração o fato de que minha vida pessoal degringolou de vez de lá pra cá, será que valeu a pena?
será que um dia as coisas vão ser tão legais que eu vou rir desse drama todo que tou fazendo agora?

ah, o doce sabor do proletariado

o problema de voltar ao trabalho é que existem duas coisas que eu ainda não consegui comprar em são paulo: macarrão e all star.
o macarrão tá sempre uó e os all star estão SEMPRE acabando com meus pés.
comofas pra trabalhar quando vc só consegue pensar no mindinho espremido?
poha, brasil! tem no mínimo 18 anos que eu uso sasporra de tênis e essa porcaria sempre foi mais confortável que pantufa!
por falar em pantufas, agora tenho um par de pantufas.
ronnie von e amaury, muito prazer.

- questão relevante: porque os motoristas de ônibus em são paulo só não param fora do ponto quando sou eu sozinha em santo amaro depois das 10 da noite?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

bi bi fom fom

Ah, a buzina, esse adorável botãozinho. Você aperta e ele faz barulho.
90% dos brinquedos disponíveis pra crianças abaixo de 5 anos é assim.
E na ânsia do motorista de satisfazer sua criança interior... FOOOOOOOOOOOOOOOM!
Fato: O ato de apertar a buzina do seu carro não faz com que o carro da frente se mova.
Dica: Buzinas não são campainhas.
Na verdade, chamar as pessoas buzinando me faz pensar no Tarzan gritando na selva. Sem o lance da tanguinha, claro.
O foda é que Chita sempre leva horas pra aparecer.