sábado, 5 de dezembro de 2009

AGORA PARE!

Pegue no bumbum.
Só pra falar sobre como é divertido chegar em qualquer lugar cantando qualquer coisa do É o tchan. Traz alegria pro seu dia, todo mundo fica com cara de comercial de margarina. Então pegue no compasso você também, porque essa é a mistura do Brasil com o Egito e tem que ter charme pra dançar bonito.

Pérolas da geografia bizonha

Ao que parece, só eu acho o nome M’boi Mirim hilário. Já me xingaram no twitter, já me chamaram de ignorante, já jogaram pedra na Geni, já jogaram bosta na Geni. O que eu posso fazer se me dá vontade de rir quando eu ouço? Pq o Marcelo Adnet pode zoar e eu não posso? Nada contra lendas indígenas, acho ótimo (fora Iracema, ô livro ruim do cacete), mas o chupa cabra também é lenda e ninguém nunca se sentiu na obrigação de levar a sério.
O que eu posso fazer se São Paulo não me inspira seriedade com nomes como Vila Carrão, Pirituba, IMirim, Largo da Batata, Rua Jaca Natal, Rua Melancia Natal, Rua Kiwi Natal e Insira aqui um nome de fruta Natal?
Lá vem de novo o bom e velho problema do paulistano, que leva tudo, inclusive ele mesmo, à sério.
Pronto, podem me odiar agora.

Compostos fotossensíveis e o s2

Ah, o amor. Essa flor roxa que mexe com a minha cabeça e me deixa assiiiiim. Eu fico impressionada com o número de vezes em que é possível morrer de amor em uma única noite. Semana passada, um sujeito que nunca tinha ouvido o som da minha voz, não sabe que eu gosto de quiabo e mais do meu mp3 do que de 60% das pessoas que eu conheço, me disse que tava encantado comigo. Bitch, please. Eu tenho problemas estomacais, DDA, um rim só, uma família esquizofrênica, amigos drogados e um time que não ganha nada faz tempo. Não existe nada encantador em mim, além do meu nariz multi-étnico e das minhas mãos imensas. A sorte do sujeito é que ele era bonito, e gente bonita, a gente não escuta, admira. O problema da surdez induzida por bofisse é que ela acaba quando o sol nasce e aí só sobra aquela conversa sobre como era na faculdade e como vem sendo desde que ela acabou. Nada contra gente bonita, acho ótimo. Até pq, pior que um cara bonito default, é um cara quase-bonito mas com um nogóço que vc não sabe qualé. O problema dos caras quase-bonitos mas com o tal negóço que vc não sabe qualé, é que eles se dão ao direito de fazer cu doce pq eles sabem que são 38% mais sexy que os caras apenas bonitos. Na boa? Cu doce é revoltante. Outra coisa que não me desce no fast love é o fato de que é sempre a mesma conversinha, sempre o mesmo “eu te ligo” e sempre a mesma intimidade fake com prazo de validade. Vai pegar, beleza, pegaí. Só não finge que vai amar pra sempre. Alguns compostos químicos reagem do mesmo jeito à luz do sol: se decompõem e perdem suas características. Então pagalus aí, tio, que hoje é sábado e o amor está no ar.

Ê Goiânia

Não deu pra segurar a barra, então eu voltei.
Pelo menos por 2 dias, no finzinho do mês passado. Por isso inclusive que eu sumi por uns tempos, perdida entre os preparativos e a angústia pós-volta.
O pior (ou o melhor) da minha última visita à Goiânia (a única que eu fiz desde que me mudei pra são paulo), é que nada mudou além da cor dos orelhões, que deram adeus ao sem graça verde-brasil telecom (ou telemerda, pros íntimos) e agora são um grande espetáculo verde-shocante-shegay patrocinado pela Oi. O que é bom em tudo permanecer intocado? Não precisar reavaliar meus sentimentos com relação a nada. É como trombar um ex na rua e reparar que ele continua barango e irritante: não dá vontade de reatar.
Ok que dá vontade de ficar pra sempre sendo mimada com comida pela minha avó, ou ouvir das pessoas como eu era importante e agora faço falta, receber caminhões de colos e abraços... O ego fica uma beleza, mas fode a paciência chegar no fim do dia e não ter necas de catibiribas pra fazer. De que me servem meu novo cabelo super moderno e minhas roupas de inverno, se eu vou ficar enfiada com eles dentro dum apartamento quente?
Ah, o calor. Falando nele, ele tava lá, parado, sendo quente como sempre. O calor é quase um personagem de Césio City, tão parte da cidade quanto a radiação e o prefeito de 238 anos que tem um fascínio estranho por piche. Eu não vou mentir dizendo que eu não congelei do meu narigão à sola dos meus pés nesse último inverno, mas também não posso ignorar o fato de que eu sou muito mais feliz quando não tou derretendo.
O s2 fica balançado depois de tanto tempo sem ver 90% das pessoas que eu amo nessa vida, sacomé, a saudade é um prego, coração é um martelo, fere o peito, dói na alma e tals, mas não dá pra não pensar em como o conceito de “todo um futuro pela frente”, aplicado ao fato de eu ter 23 anos, muda quando o número de possibilidades é maior que 1.
Ainda não sei se eu volto de vez pra Césio, mas vale lembrar que vontade de fazer isso, eu não tenho nenhuma.