quarta-feira, 27 de maio de 2009

notas gastronômicas

- Não sei como foi que eu consegui viver por 22 anos sem rolinho primavera de frango com cream cheese.
- Não sei qualé a do milho cozido servido em caixinhas no meio da calçada.
- PORQUÊ DIABOS NÃO TEM PAMONHARIAS NESSA CIDADE? Como uma pessoa de Goiás pode se sentir realizada num lugar onde pamonhas não existem?
- Por falar em pamonha: Nigga, please. Pamonha doce is not pamonha.
- As padarias daqui ainda me assustam. Continuo evitando.
- Doces bonitos geralmente não são bons. Também evito.
- Achei ervilha torta pra comprar, ali, toda facinha no hortifruti do supermercado. Mas isso não vai me fazer esquecer a falta de pamonharias.
- Bolinhos de bacalhau são supervalorizados.
- O ranking de bolinhos de arroz continua com os do Degusta em primeiro lugar. É quase um Jenson Button: começou ganhando e ninguém consegue alcançar.
- Fui num restaurante de comida cara e decoração cafona onde me serviram frango com um molho doce encima. É claro que tava ruim. Lá em Goiás, isso de colocar açúcar na comida das pessoas dá morte.
- Em São Paulo, 1 prato = 2 pratos e meia porção = 1/4 de porção. Parte meu coração. (sem contar que rima)
- Apesar do aspecto repulsivo, guacamole não é um molho ruim.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

ó, mas que dia adorável

Afirmação isenta de pieguice ou influência de eventos de cunho sentimental: hoje é o dia mais bonito que eu já vi nessa cidade.
Quente sem estar desesperador, com cheiro de bolo vindo de um lugar que eu não sei qualé, céu de um azul mais bonito que o da camisa do grêmio e eu vi a 10 minutos atrás uma porção de passarinhos (não eram pombos e não eram calopsitas em gaiolas de pet shop).
Tá bom que eu continuo perdida, dura e com sotaque e minha vida continua o fracasso de sempre, o que quer dizer que meu bom humor não se baseia em nada e eu provavelmente seja bipolar, ainda assim, hoje é um bom dia.
Até voltei a escrever. Obviamente ficou ruim, mas não se pode ter tudo.
Talvez o dia de hoje seja um presente da cidade pra mim. Uma espécie de "parabéns pelos nossos 3 meses, fica aí que vai ter bolo e desculpa o trânsito na brigadeiro luiz antônio".
Aposto que amanhã chove, faz frio e eu chego atrasada no trabaho. É, amanhã eu trabalho.
Pronto, passou o bom humor.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

alô bety?

3 da matina, eu vendo filme agua com açucar e olha vejam só eis que toca o telefone:
- plim plim plim plim plim plim plim plim (barulho de chamada a cobrar, achei que fosse alguma coisa séria. até pq, lá de onde eu venho, se seu telefone toca três da manhã ou é alguém bêbado ou é coisa séria)
(geralmente é alguém bêbado, mas bêbado que é bêbado, liga direto no celular)
- (snif snif) ô mãe... (voz de mulher)
- quê?
- (mais choro soraya montenegro pride) mãe, eu fui roubada...
(é, eu também fui, precisa ver os juros do meu cartão de crédito)
- moça, vc ligou pra casa errada.
- (choro some milagrosamente) peraí.
- alô, mãe? (voz de homem)
- eu não sou sua mãe não, moço.
- de que bairro tá falando?
- quê? aqui é pirituba.
- não é moema?
(não é mesmo)
- não. pi-ri-tu-ba. moema fica do outro lado da cidade.
- ah tá.
tu tu tu tu tu tu
duas palavras pra vocês: nigga, please.
existe um jeito honesto de amolar pessoas por telefone e ele se chama telemarketing.
vão trabalhar e me deixem ver tv, cacete.

terça-feira, 12 de maio de 2009

chuvas isoladas e áreas de instabilidade

quem não foi no show do oasis é feio e bobo.
e advinha?
choveu.
e advinha de novo?
é claro que eu não levei guarda chuva nem capa.
aliás, o tempo só muda em são paulo quando eu não tou pronta pra isso.
dia que eu resolvo abrir as janelas de casa e sair pra dar uma volta, venta o suficiente pra derrubar árvores na cidade inteira.
dia que eu resolvo lavar meus jalecos, faz um frio da poha e eu aproveito pra esquecer o agasalho em casa.
por sinal, reparei que não tenho roupa pra encarar inverno de verdade.
dá um tempo, são pedro. de onde eu venho, só existem 2 estações: quente, com chuvas esporádicas e quente pra caralho com umidade do ar girando em torno de 20%.
variações climáticas nunca foram o meu forte.
o melhor de tudo é reparar que apesar disso, o meu termostato funciona bem, ao contrário do resto da cidade: se tá 22 graus, tá todo mundo de agasalho, se faz 32, tá todo mundo derretendo.