sábado, 5 de dezembro de 2009

Ê Goiânia

Não deu pra segurar a barra, então eu voltei.
Pelo menos por 2 dias, no finzinho do mês passado. Por isso inclusive que eu sumi por uns tempos, perdida entre os preparativos e a angústia pós-volta.
O pior (ou o melhor) da minha última visita à Goiânia (a única que eu fiz desde que me mudei pra são paulo), é que nada mudou além da cor dos orelhões, que deram adeus ao sem graça verde-brasil telecom (ou telemerda, pros íntimos) e agora são um grande espetáculo verde-shocante-shegay patrocinado pela Oi. O que é bom em tudo permanecer intocado? Não precisar reavaliar meus sentimentos com relação a nada. É como trombar um ex na rua e reparar que ele continua barango e irritante: não dá vontade de reatar.
Ok que dá vontade de ficar pra sempre sendo mimada com comida pela minha avó, ou ouvir das pessoas como eu era importante e agora faço falta, receber caminhões de colos e abraços... O ego fica uma beleza, mas fode a paciência chegar no fim do dia e não ter necas de catibiribas pra fazer. De que me servem meu novo cabelo super moderno e minhas roupas de inverno, se eu vou ficar enfiada com eles dentro dum apartamento quente?
Ah, o calor. Falando nele, ele tava lá, parado, sendo quente como sempre. O calor é quase um personagem de Césio City, tão parte da cidade quanto a radiação e o prefeito de 238 anos que tem um fascínio estranho por piche. Eu não vou mentir dizendo que eu não congelei do meu narigão à sola dos meus pés nesse último inverno, mas também não posso ignorar o fato de que eu sou muito mais feliz quando não tou derretendo.
O s2 fica balançado depois de tanto tempo sem ver 90% das pessoas que eu amo nessa vida, sacomé, a saudade é um prego, coração é um martelo, fere o peito, dói na alma e tals, mas não dá pra não pensar em como o conceito de “todo um futuro pela frente”, aplicado ao fato de eu ter 23 anos, muda quando o número de possibilidades é maior que 1.
Ainda não sei se eu volto de vez pra Césio, mas vale lembrar que vontade de fazer isso, eu não tenho nenhuma.

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