sábado, 18 de abril de 2009

parabéns pra mim

que ainda não morri.
faz dois meses que tou aqui.
o que quer dizer que já tem 60 dias que não vejo minha mãe, meu irmão, minha vó e todas as outras pessoas que somadas perfazem um total de 95% das pessoas que se importam comigo nesse mundo. quer dizer também que já faz um tempinho que não ganho abraços compridos. eu venho de uma família onde se tem muito contato físico.
lá em casa, sempre tinha abraço, beijo e montinho.
parece que faz um ano que não ganho um boa noite da minha mãe num pijama de bolinha.
difícil pensar no que mudou nestes dois meses de são paulo, visto que eu passei tanto tempo pensado em problema que não tive tempo pra pensar no que os problemas fizeram comigo.
- meu sotaque ficou mais forte. isso foi proposital. ou não. talvez parar de ouvir as pessoas falando da mesma forma que eu tenha me feito prestar atenção no jeito que eu falo.
(a propósito: uai é uai, uai.)
- intercalo compulsão por comida com distúrbios alimentares. de pratos de operário da construção civil a bulimia induzida por helycobacter pylori. uma montanha russa de emoções.
- aprendi a falar muito sobre coisas que não importam. isso foi inconsciente.
(pobre chris, aguentando diarréia mental 24/7.)
talvez essa seja uma forma de não ter tempo de sentir vontade de desabafar sobre o que realmente importa.
isso eu faço aqui, já que não melhora nem piora minha vida se vc ler esse post até o fim ou não.
(talvez piore a sua)
- fiquei com uma noção de valor meio distorcida. o fato da vida em são paulo ser muito cara, mudou minha percepção a respeito da relação caro/barato.
parei de achar 9,50 um abuso por um quarteirão com batatas e coca cola.
(mas continuo achando 30 reais um valor inaceitável pruma pizza)
- meu cabelo ficou uma desgraça e cai sem parar. as vezes, parece que meu cabelo é uma peruca feita com pelos de cachorro morto. e feita com cola vagabunda, visto que ele anda caindo bastante. se alguém souber como resolvo isso, me avise.
no fim das contas, ainda não sei se vir pra cá foi besteira ou não.
profissionalmente, talvez tenha sido a melhor idéia que eu já tive (pelo menos a melhor que eu botei em prática, visto que quando pensei em trocar de curso, não levei o lampejo adiante), mas levando em consideração o fato de que minha vida pessoal degringolou de vez de lá pra cá, será que valeu a pena?
será que um dia as coisas vão ser tão legais que eu vou rir desse drama todo que tou fazendo agora?

2 comentários:

Luiz Rogé disse...

"será que um dia as coisas vão ser tão legais que eu vou rir desse drama todo que tou fazendo agora?"

R: SIM (y)

Jojo disse...

[2]

E pq não falou antes?
Da próxima vez que for te visitar, montinho em você eu farei! Não quero saber se vc estará com copos, pratos ou qq coisa que quebre na mão.