quarta-feira, 24 de junho de 2009

polícia para quem precisa de polícia

esses dias, liguei no 190 só pra desabafar.
sabe, quando a gente sai pagando de consumidor bem informado, só pra infernizar a vida de algum farmacêutico? assim, só a nível de descarregar a vibe ruim da semana?
(gente, na moral... se vc quer ir na farmácia comprar remédio, SERÁ QUE DAVA PRA FAZER ISSO SEM SER CUZÃO? SERÁ QUE DAVA PRA NÃO SER A VERUCA SALT DAS PÍLULAS? sério. dá vontade de botar fogo no meu diploma pelo menos 8 vezes por dia. eu juro que não entendo pq cliente de farmácia precisa ser tão mimado. acreditem ou não, a culpa raramente é do farmacêutico. e quando é, acredite, a gente não faz por querer.)
pois é. eu liguei no 190 só pra aliviar o stress.
eu explico:
me assaltaram. se eu não me engano, me assaltaram no dia em que eu fiz o post passado, umas duas semanas atrás.
uma sujeita com mais ou menos 1,75, um futum insuportável e o jantar me abordou e me levou o celular a uns 100, 150 metros de casa.
a criatura chegou com uma marmita, uma faca de serra e um GARFO nas mãos e disse que queria meu telefone. juro pela minha santa mãezinha (com quem não falo faz um bom tempo, inclusive) que eu quase falei meu número pra ela.
eu, que morei num dos guetos mais vida loca de césio city, pensei sériamente em várias possibilidades:
1 - empurrar a cidadã na frente de um dos carros que vinham (pq, afinal, em são paulo a gente é roubado em avenidas movimentadas da zona sul, não em becos no centro ou capão redondo).
2 - gritar com todo mundo que tava no ponto de ônibus me assistindo ser assaltada tão preocupados quanto o senador da lixa.
3 - dar umas mochiladas na sujeita e sair andando e por aí vai.
o foda é que como eu sei o estrago que um garfo faz na cara de uma pessoa, de modos que eu entreguei meu pobre nokia 6101 mais fodido que a cara do rocky no fim da luta contra o apollo pra uma pessoa portando TALHERES.
o mais legal da história é que se em goiânia eu estivesse, tal história eu jamais contaria. até porque, em césio city, ninguém é assaltado em ponto de ônibus cheio, muito menos durante a refeição do marginal em questão.
o fato é que eu cheguei em casa cuspindo fogo e, na condição de cidadã indignada, passei a mão no telefone (não no meu, é claro, nele tinham passado a mão antes) e liguei pra polícia.
eu, boa filha de policial que sou, sabia que não ia servir pra porra nenhuma aquela ligação. mas dizer às autoridades que eu, cidadã de bem, trabalhadora, cumpridora dos meus deveres cívicos, havia sido brutalmente
(ou nem tanto) privada de meu aparelho de telefonia móvel, me fez sentir bem melhor. no mínimo, trocaram meu telefone por um sanduíche de mortadela (ele não valia muito mais que isso) e tão dando risada da minha cara até hoje.
pelo menos, fiquei com meu chip.

2 comentários:

Jojo disse...

Mais uma vez, bem vinda a São Paulo!

Luiz Rogé disse...

É fia, tbm já fui assaltado na Sto Amaro... e tiops depois q eu dei minha carteira pro maluco ele ainda me pergunta se eu queria comprar dorgas. ah vsf neah!